Quando o amor acaba e ponto final!

Fonte: ninhodemafagafas.com
Amor. Fonte: ninhodemafagafas.com

Amor acaba

Sei que estou atrasada neste tema, mas nunca é tarde pra se falar de amor, ou do final dele.

Tenho visto a comoção nacional, e agora internacional, com o fim dos casamentos da Fátima Bernardes e William Bonner (o crush seria FaWil, ou FaBonner, ou ainda BerBonner) e, mais recente, do casal “topíssimo” de Hollywod, a poderosa e bem sucedida Angelina Jolie com o gato Brad Pitt, cujo crush, salvo engano, é Brangelie.

Aff! Me deu até preguiça essa história de crush.

Sinceramente, pessoal, eu não lamento não, eu vibro. E não é pelo que você está pensando – eu nem sei o que você está pensando -, mas eu vou me explicar.

Após passar por alguns términos de namoro e de um casamento, vejo que os finais das relações podem trazer, depois da dor e do luto, um grande alívio, e mais, uma nova vida deliciosa.

É claro que dói! Dói em quem sai de casa, dói em quem fica nela com todas as lembranças. Dói em quem toma a iniciativa e dói em quem se separou passivamente. Se tiver filho na jogada, imagino que o perrengue seja dobrado, mas até para as crianças, sinceramente, não tem sofrimento maior do que um casamento ruim. Envelhece até.

Você começa bem, são várias afinidades, as diferenças, claro, nem existem porque, ainda que você não goste de rock progressivo, que você seja carnívora contumaz e ele vegano, que você goste de praia e o cara seja louco por um campo e cavalgada, meu amor, no início do relacionamento você engole tudo e ainda pede mais.

Mas aí vem a convivência, vem o outro parágrafo da história e é aqui que se solidificam, ou se apartam de vez as relações. E essa convivência não tem prazo de validade, pode durar uns trinta anos e acabar, pode durar três, dois um… E pode durar realmente até que a morte os separe. Tudo vale quando a felicidade ainda pesa mais na balança.

Porém, veja bem. Você achou mesmo que aquela sua vontade de pegar um sol das dez às cinco da tarde, num sábado seria sucumbida por um pasto com mosquitos na serra da família dele?

Você realmente acreditou que ele ia achar fofo pro resto da vida você demorar uma hora e meia para ser arrumar pra ir tomar um sorvete com a desculpa de que queria ficar linda pra ele?

É claro que não, né? E olhe que eu dei dois exemplos bem bobinhos, só pra ser didática, porque aqui pode entrar gente que é violenta, alcoólatra, safada, mau caráter e toda a sorte, ou azar, de ser humano que está a solta por aí.

E não existem culpados. Quando o amor, ainda que seja apenas de um dos lados, acaba, infelizmente não há o que possa ser feito. Permanecer na história por pena, por culpa, por medo, é cruel com as duas partes.

O que era lar doce lar pode virar um campo de guerra. As palavras ferem, o amor se transforma em mágoa, vem uma vontade de se vingar, de fugir, de trair, de chorar.

Você fica remoendo o que está ruim, vai se amargurando, sofrendo até que um dia você, ou ele/ela resolve dar um basta naquele inferno e acaba com a relação. Só isso… Tudo!

Mas pense bem, antes de você entrar nessa história, por mais duradoura que ela tenha sido, você já entrou e saiu de outras.  Você já foi uma criança, uma jovem, já estudou, fez amigos, tem família. Você tem toda uma história que não vai deixar de ser sua porque a relação terminou. O importante aqui é saber que a gente não se desintegra depois de uma separação, apesar de a sensação ser bem essa mesmo.

A vida é curta, meu povo, e tem muita gente bacana vagando por aí. Novas pessoas, novos lugares, novos sabores, outras oportunidades, outras vivências… Tudo dentro da sua mesma vida, só esperando você deixá-la chegar junto.

Imagino que há uns quarenta anos fosse mais difícil um divórcio, pois entrar numa relação era um projeto para uma vida inteira. O processo de conhecer alguém, esse alguém te aceitar, depois pedir a aprovação dos pais e aguentar todo o preconceito de uma sociedade era uma tarefa para corajosos. Mas os tempos são outros, ainda bem, graças a um monte de conquistas de nossos antepassados. We are free!!!. 

Então, pra que perder seu tempo num sofrimento? Por que insistir num alguém que deixou de ser seu?

Casamento é uma relação difícil, há que se ter muito consentimento. Numa conversa linda que tive com meu ex-marido – sim, nós nos damos hiper bem – chegamos à conclusão de que nossa história terminou porque nós cansamos de ceder. Só isso… Tudo. Foi difícil e ainda é, mas tenho certeza de que estaremos ótimos daqui a pouco.

Acho que a Angelina, a Fátima, o Bonner e o Brad pensaram o mesmo e já, já vão estar felizes novamente por aí, seja com outrem ou não.

Meu conselho, não que você tenha me pedido, mas vou dar mesmo assim, é não ficar com essa arrumação de juntar os nomes das pessoas como se o amor exigisse que sejamos um só. Isso até enfraquece a relação. Muito melhor são duas personalidades fortes, firmes, admiráveis que decidiram andar juntas por este plano, pois acreditaram que seriam mais fortes e bacanas ainda.

E, por fim, parafraseando o poetinha Vinícius de Moraes: “que (o amor) não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito ENQUANTO DURE”.

Segue ele:

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