Comecei a escrever meu blog no portal do O Povo há pouco tempo e estava morta de feliz vendo os comentários de pessoas, sempre carinhosas, sobre meus textos.
Eis que começaram a chegar alguns comentários também elogiosos em inglês com muita frequência e fui prestar atenção no e-mail da criatura: era tudo pornô. Isso mesmo, os e-mails tinham nomes ligados à sexo, pornografia e assuntos afins e eu só me liguei depois, ainda bem que não demorou muito, retirei todos.
Mas vim dividir com vocês um defeito, ou qualidade minha, que é a tal ingenuidade.
Eu demoro um tempão pra perceber que alguém está me passando a perna, que alguém não gosta muito de mim, que as pessoas agem pessoal e profissionalmente com segundas, terceiras e quartas intenções… Eu não percebo nada!
Logo que comecei a trabalhar, me sentia muito mal por ser tão ingênua a ponto de não perceber que um funcionário estava fazendo corpo mole, que fulano era falso e falava mal de mim pelas costas, que a sicrana queria mesmo era puxar meu tapete. Ingênua.
Mas hoje eu vejo como uma qualidade minha esta ingenuidade. Primeiramente, se não somos capazes de identificar tanta sacanagem, é porque não somos sacanas. Segundo, essa forma meio “naive” de levar a vida nos protege de ter de estar sempre alertas com o comportamento do outro, nos sentindo ameaçados por algo ou alguém.
Acredito que essa distração das coisas ruins deva ser um lado infantil nosso insistindo em acreditar que o mundo é legal, que podemos confiar nas pessoas, que podemos confiar nos sentimentos positivos e que os negativos nada mais são do que lapsos de comportamento de quem amamos e/ou convivemos.
Seguirei assim, cada vez mais alerta, claro, mas sem perder a fé nas pessoas e em suas boas intenções.
Tão ingênua, a bichinha!
crianças
Crianças e as missões que salvam o mundo
A revolução virá das crianças. E eu, ora, estarei na linha de frente fazendo a minha parte…
Respostas de 3
Somos três..!!! Mas já enxergo como uma qualidade também…prefiro continuar enxergando que as pessoas são mesmo bacanas…ja tem muita maldade nesse mundo, não quero contribuir (tudo bem que tem vezes que não dá…mas na maioria, a gente finge que não é com a gente)..!!!
Inocentes, ingênuos, o que seja…com certeza somos bem mais leves e felizes do que muita gente..!!
É verdade, Beta.
Sejamos ingênuas e felizes, então.
Hey primitcha!
Lu… sou IGUAL! Até para piadas mais bestas, se a pessoa me conta uma coisa absurda, mas com cara e voz normal, eu caio feito um pato.
Recebo algumas críticas por isso, mas eu mesmo não me incomodo muito com isso não, me incomoda mais pessoas me falando para eu não ser assim.
“Sou eu, pô! Me deixa ser.”
E amei seu último parágrafo, é bem por aí mesmo. Eu não espero, e tenho dificuldade de conceber a ideia de alguém fazer mal a mim (ou seja, ao seu próximo) de propósito, não passa pela minha cabeça e, mesmo pessoas me falando sobre isso, eu tenho dificuldades para perceber. Ou me importar o suficiente para perceber.
Acho que, sem perceber, acredito nos outros.
Sabemos de nada, inocentes!