2021, o ano que… sei lá que ano foi esse.

2021

Última crônica do ano de um ano que eu ainda nem me acostumei direito que saímos do ano passado. Quando eu penso que daqui a cinco dias vou dizer que a pandemia começou no ano REtrasado fico boquiaberta com a capacidade de o tempo, mesmo em tempos ruim, passar. Ainda bem.

A luta foi grande pra não sucumbir ao medo da doença e ao pânico de sentir qualquer coceirinha na garganta, uma coriza que fosse, tão inofensiva outrora, hoje em dia é sintoma de desespero. A luta foi grande pra não sucumbir à doença e a dor que ficou em quem perdeu alguém pra esse vírus. Luta grande pra não morrer de saudade, de falta de afeto, de abraço.

VACINA, VACINA, VACINA, VACINA, VACINA

E ela, somente ela, foi ela a coisa mais bonita que aconteceu neste ano no Brasil. A cada dose aplicada nos braços fotografados pelo Instagram, filmados pela TV, vistos ao vivo em nossos pai, mãe, irmãos, sobrinhos, no nosso, não tinha alegria maior não. Eu saltei de alegria a cada agendamento dos meus pais, do meu.

Euforia. Uma euforia entalada desde o ano passado. Uma vontade tremenda de gritar ACABOOOOOOOUUUUUU!!! E mesmo que ainda não tenha dado, deu pra fazer um monte de coisa depois da segunda dose. Até pro Rio de Janeiro eu voltei, duas vezes, e ainda dei uma esticadela em São Paulo e fiz uma tatuagem.

Quarentei em 2021, e fiz festa. Testei as “mulher tudinhas” e me entreguei aos abraços. Foi lindo! É lindo receber as energias boas que as pessoas guardam sobre você. É como se encher de ar em tempos de sufoco, é renascer.

2021 foi o ano dos “aos trancos e barrancos”. A gente seguiu e recuou, foi, perdeu, ganhou um pouquinho, sofreu pra caramba. Se agarrava nas notícias boas da queda do número de mortos depois de passar dos 3.000 a quantidade de famílias destruídas pela desgraça dessa doença, enquanto tentava escapar até o dia de ser imunizada.

2021 foi uma capotada atrás da outra e a gente tentando botar a cabeça pra fora d´água e, olhando pra trás, eu penso que amadureci uns 20 anos em 2, nesses dois últimos que têm cara de um só, mas que o terceiro ano pandêmico já dá sinais de chegada e a gente precisa se enfeitar.

Precisa se travestir daquela esperança tinhosa que insiste em se manter viva. Sabe-se lá de onde a “póbi” tira força mas ela vive. Hora de se armar da coragem, da vontade e de uma serenidade no coração de quem já tem até medo de criar algum tipo de expectativa, mas não consegue se esquecer de que é ano de eleições e pode ser o último ano da desgraça de desgoverno que nos assola há três anos. Já pensou, Bolsonaro perde a eleição e o Brasil é campeão da copa do mundo em 2022? Sim, amadxs, teremos copa do mundo em dezembro.

Pois é com esse otimismo para o ano que vem que eu encerro a crônica deste ano exaustivo. Que ano que vem a gente tome menos sustos com qualquer espirro, que não precisemos correr pro médico com qualquer dorzinha de garganta, que a gente e os nossos se conservem com saúde, vivinhos perto de nós.

E que possamos, ao final, dizer que foi um ano bom.

FELIZ ANO NOVO gente linda que me lê por aqui. Que possamos estar bem juntinhos no ano que vem, Que minhas palavras cheguem até você te levando conforto, reflexão, emoção, e até raiva, porque ela é importante para mudar as coisas.

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